Sintomas
As pessoas que sofrem de DA vêem os seus efeitos na pele – vermelhidão, edema (inchaço), prurido (comichão), xerose (secura cutânea), fissuras, lesões descamativas, crostas e exsudação - mas também sentem o impacto debilitante persistente, e outros sintomas como ansiedade e depressão.
Nos casos de DA moderada a grave, as lesões dolorosas estão localizadas em áreas vastas e mais sensíveis do corpo, podendo chegar a cobrir mais de 50% da superfície corporal.
Por norma, a DA é mais intensa à noite, após o duche, após contacto com fatores irritativos (como, por exemplo, o cloro nas piscinas), durante ou após a prática de desporto, e em situações de stress emocional.
Quando ocorre prurido (comichão), o ato de coçar é instintivo. O ato repetitivo de coçar danifica a pele (que, por si só, é mais sensível nas pessoas com DA) e piora a inflamação pela indução da libertação de várias substâncias com efeito inflamatório (incluindo a histamina), originando ainda mais prurido. Este processo dá origem a um círculo vicioso que deve/tem ser interrompido para que as lesões causadas pela DA sejam controladas e não persistam em crise e posterior alteração da cor e espessamento da pele (liquenificação e discromia pós-inflamatória).
“Cada caso é um caso” mas, apesar de não haver uma cura, algumas medidas simples devem ser adotadas pois são eficazes no controlo da dermatite atópica.
Além dos sintomas físicos característicos da doença, as pessoas que sofrem de DA verificam uma diminuição significativa da sua qualidade de vida. A morbilidade associada à dermatite atópica abrange um impacto físico e psicossocial, sendo que as pessoas que vivem com DA reportam vários efeitos a nível emocional, e sentem muitas vezes a sua autoestima afetada.
O impacto emocional da doença leva a que as pessoas se isolem e que, por consequência, desenvolvam um conjunto de emoções negativas como a ansiedade e até depressão.
A DA PODE AFETAR SIGNIFICATIVAMENTE AS COMPETÊNCIAS SOCIAIS E BEM-ESTAR MENTAL DAS PESSOAS QUE VIVEM COM ESTA DOENÇA.